sexta-feira, 22 de abril de 2011

O que é coaching?

Por Leonardo Grapeia

O coaching é o processo de equipar as pessoas com as ferramentas, o conhecimento e as oportunidades de que precisam para se desenvolver e se tornar mais efetivas e eficazes, coaching em português significa treinador, treinar no intuito de instruir a carreira profissional.

Os coaches não desenvolvem pessoas, apenas dão condições para que elas se auto desenvolvam. Raramente você terá tempo para se envolver com cada aspecto do desenvolvimento. E raramente você terá todas as informações, habilidades e a sabedoria de que alguém pode precisar para garantir seu desenvolvimento. Felizmente, não há necessidade de ser perfeito para ser um coach efetivo. Pelo contrário, entenda seu papel como um catalisador do desenvolvimento.

O coaching é um processo contínuo, não uma conversa eventual ou um acontecimento isolado. O líder coaching pode ser comparar com um maestro, que em alguns momentos trabalha com apenas com um integrante, em outros orienta todos à distância e, em outros, corta os vínculos para que possam se desenvolver em áreas completamente fora do seu escopo. Você as leva a aprender e a treinar regularmente, ajuda-as a canalizar sua paixão pela aprendizagem para as melhores oportunidades e harmonizar a participação delas e dos demais integrantes da organização.

“Educar não é encher um balde, mas acender uma chama” William Butler Yeats

Visto que todo desafio de desenvolvimento é único, não há receita de bolo. Mas há três abordagens que são importantes para melhorar a atuação e sustentar a busca pelo desenvolvimento no longo prazo.

Trabalhar um a um. Parte do coaching é direto e pessoal. Ofereça feedback imediato para que descubram por si mesmos, desafie as pessoas os riscos apropriados e ofereça encorajamento quando enfrentarem contratempos e obstáculos, em suma demonstre a pessoa segurança e confiança.

Orientar as pessoas para que aprendam por si mesmo. Forneça as armas para que se tornem desbravadoras do próprio desenvolvimento. Ensine-as a extrair as lições certas de suas experiências, a encontrar outras pessoas que possam ajudá-las e a obter seu próprio feedback e informações.

Orquestrar recursos e oportunidades de aprendizagem. Você não apenas instrumentaliza as pessoas para o aprendizado, mas também intervém junto a outras pessoas em seu favor. Cultive um ambiente que dê suporte à exposição inteligente aos riscos, encontre quem possa ensiná-las ou guiá-las, derrube barreiras que inibam a aprendizagem continua e abra as portas a novas experiências às quais seus colaboradores não teriam acesso sem a sua ajuda.

Existe uma série de características que todo bom Coach deve ter, entre outras:

1. Ser um espelho que transmite uma imagem fiel
2. Ser um facilitador do desenvolvimento
3. Atuar com generosidade
4. Ser capaz de ajudar a descobrir os pontos fortes e as oportunidades de melhora
5. Pensar no futuro centrado nos efeitos
6. Ter uma boa dose de empatia
7. Ser um transformador centrado nas soluções
8. Saber escutar ativamente
9. Outras

Pois bem, já temos tudo isto. Agora, como escolher um bom Coach?

Eu penso que o simples sempre funciona e é eficaz, portanto a minha fórmula, para isso, tem como base cinco aspectos que cito, não por ordem de importância, pois todos são importantes:

1. A metodologia que o Coach vai aplicar no processo. É fundamental.

2. A “química” que se estabeleça, desde o primeiro momento, entre o Coach e o “cliente”, de tal maneira que seja à base de confiança sem a qual o processo de Coaching não chegará a nenhuma parte (cuidado, esta “confiança” no início é apenas uma impressão, mas se existe essa “química”, esta irá se consolidar no decorrer do processo. Quem diz “química” quer dizer compatibilidade).

3. A credibilidade que o Coach tenha para o “cliente” em função de suas características, experiência, trajetória profissional, etc.

4. A experiência do Coach como profissional, o que tem feito como executivo primeiro e como Coach também. Não para transmitir a experiência vivida, o Coaching é acima de tudo um processo de auto-desenvolvimento e auto-aprendizado, para que o Coach possa entender correta e completamente a situação do executivo, sua problemática e seus desafios e possa valorizá-los adequadamente.

5. A ética do Coach. Coaching é um processo que requer confidencialidade de ambas as partes. Apenas o que se autoriza pode ser transmitido fora do processo. Portanto e, ainda que a ética seja algo que o Coach deva supor, na prática terá que demonstrá-la.

Não é complicado, mas é difícil; por isso, como disse, é quase um desafio, principalmente se não for tratado com o devido rigor e não for feito corretamente.
Às vezes, parece como se fazer Coaching na empresa desse um certo tom, e há mais preocupação pela quantidade e pelo orçamento a investir, do que pela qualidade e pelos resultados a serem obtidos.

No Coaching, como em tudo, a qualidade tem um custo, mas como em todo investimento, e o Coaching como todo processo de desenvolvimento o é, o mais importante são os resultados obtidos, que são os que justificarão, ou não, a rentabilidade da mesma.

Certamente, segundo estudos recentes, a rentabilidade de um processo de Coaching pode ser de até 1000 % do tempo e do dinheiro investidos. E segundo uma avaliação feita em várias empresas dos Estados Unidos que desenvolveram programas de Coaching, para executivos com alto potencial, no mínimo, a capacidade deles aumentou até 25%.

Escolher um bom Coach me parece decisivo para obter os melhores resultados do processo e, como conseqüência, obter a mais alta rentabilidade.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Os atributos do novo líder

Fonte: Portal HSM



O que se espera dos líderes atuais, para que sejam líderes inspiradores, é que se libertem de mitos enraizados e se fortaleçam com novas competências. Segundo o consultor César Souza, para o líder mudar de patamar e passar a ser um líder inspirador, é necessário, antes de qualquer coisa, se libertar de alguns conceitos que são verdadeiros dogmas. São eles:

- A liderança está no cargo: nem sempre. Muitas vezes, não é preciso ter um cargo para ser um líder.

- Todo líder tem carisma: outro mito. Não adianta ter só simpatia, bom-humor, boa argumentação. Isso é parte, mas não é tudo. Se não houver um propósito, o “brilho no olho” não encanta.

- O líder já nasce pronto: Não é verdade. Há casos de líderes que foram se formando ao longo do tempo.

- Há um perfil ou estilo ideal de liderança: Não existe. Não há um “modelo pronto” de liderança. A maioria dos líderes que são exemplos hoje não se espelhou em ninguém; eles seguiram o que havia dentro de si.

- Um líder tem seguidores: Para uma causa se espalhar e ganhar representatividade, um líder tem que formar novos líderes, não seguidores. O líder inspirador tem pessoas em torno de si, não atrás de si.

Para César Souza, além de estar atento ao contexto do mundo reconfigurado, conciliar tangíveis e intangíveis, integrar (“construir pontes”), equilibrar curto prazo e longo prazo e ter liderança em todos os níveis, o líder inspirador tem que ter cinco valiosas competências:

1) Construir causas com sua equipe

É fundamental, para ser um líder inspirador, trabalhar em favor de uma causa, ter um propósito, empunhar uma bandeira. Isso dá orgulho e significado à vida das pessoas. “As pessoas não querem apenas ser cobradas para atingir metas. Quando sabemos o porquê de uma ação ou de um projeto, suportamos mais facilmente o ‘como’, porque entendemos”, explica César Souza.

E, quando a causa está alinhada com a causa da empresa, tudo se torna mais fácil ainda.

2) Formar outros líderes

Ponto de crucial importância. As pessoas têm que trabalhar em um ambiente que propicie oportunidades de crescimento.

Nesse sentido, o líder inspirador deve formar outros líderes, não ter seguidores. Para tanto, deve ter o foco no engajamento.

3) Liderar 360º

Não basta somente liderar a equipe. O líder inspirador tem que ter uma gestão engajada também com parceiros, terceirizados, clientes, fornecedores, comunidades e outros públicos.

A gestão deve ser integradora, não se prendendo aos limites das “paredes” da organização.

4) Fazer mais que o combinado

Surpreender pelo resultado contribui para inspirar. Por exemplo: conquistar um cliente difícil; resolver uma pendência espinhosa da comunidade; receber um pagamento com o qual não se contava mais; se relacionar de forma diferente e alcançar resultados diferentes etc.

5) Inspirar pelos valores

Valores como integridade, seriedade e ética, quando aplicados no dia a dia, nos comportamentos e nas atitudes, inspiram mais do qualquer hierarquia.

Da mesma forma, não vale seguir os valores dentro da empresa e, em casa ou em outros ambientes, adotar uma postura completamente diferente. O líder tem de ser inspirador “24 horas”.


Para formamos líderes nessas competências, César Souza diz que é necessário que as empresas estruturem uma “Fábrica de Líderes”. Para tanto, tem que dar ênfase nas competências mencionadas, desenvolver líderes em todos os níveis, identificar e engajar os líderes da Geração Y e ter um plano de sucessão – esse, segundo ele, um grande problema nas empresas atualmente.

“Temos que buscar a inspiração. Para termos um mundo melhor e para sermos melhores. Que cada um de nós consiga construir isso dentro de sua alma”, resume César Souza.

Ele finaliza citando alguns exemplos de lideranças inspiradoras:

- Zilda Arns: tinha 276 pessoas vinculadas a ela na Pastoral da Criança.
- Irmã Dulce
- Nelson Mandela
- Bernardinho
- Carlinhos de Jesus
- “Almir do Picolé”, que vende picolé a um real em Sergipe e construiu uma rede comunitária em torno de si.
- “Zé Pescador”, da Ilha de Itaparica. Fundou uma ONG, com a finalidade de transformar os hábitos dos pescadores e impedir a pesca predatória na ilha.
- João Batista, motorista de táxi em São Paulo, que estabeleceu como propósito ser o melhor taxista da cidade, e passou a inspirar os colegas.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Motivação: a influência dos líderes

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Caio Lauer

Especialistas em Recursos Humanos indicam que um motivo relevante para o desligamento de profissionais nas empresas é a relação que possuem com seus líderes. Cada vez mais, as relações interpessoais são valorizadas no dia a dia das organizações e a falha ou falta de comunicação com seus superiores denota desmotivação por parte destes subordinados. A real insatisfação raramente é relacionada com a organização em si, mas, na verdade, é revelada pela má condução do líder perante sua equipe.

A Geração Y, que tem assumido papéis de grande responsabilidade nas organizações, dá muito mais valor ao relacionamento interpessoal do que as gerações mais antigas. Os profissionais mais velhos no mercado valorizam e são mais focados na essência e no comprometimento com os resultados da empresa, por este motivo, aceitam e podem passar por cima de uma relação com um colega de trabalho para atingir metas. Já na nova safra de profissionais, que foi criada e convive em meio a novas tecnologias e ao relacionamento na internet, por exemplo, exige-se das empresas que promovam um canal de comunicação franco e aberto.

Em qualquer relação corporativa, a definição das expectativas de ambas as partes é extremamente importante, mas, de maneira geral, é colocada em segundo plano. “Já vi muitas pessoas criarem inimizades com seus líderes porque a comunicação e a clareza não foram colocadas de maneira correta”, relata Marcos Moreno, consultor sênior da Muttare, consultoria de gestão. Ele também explica que além destes fatores, a empatia e personalidades muito diferentes também podem gerar estes conflitos, mas devem ser tolerados.

Existem alguns perfis que influenciam negativamente na relação líder x subordinado. Muitas pessoas em cargos de liderança não sabem ouvir os membros de sua equipe e têm a necessidade de querer sempre ter a razão dos fatos. Um colaborador não se importa com o líder que cobra resultados, mas o que não é aceito é uma condução injusta deste superior perante seus subordinados: criar estreitamento de relações baseado nos interesses pessoais, deixar que seu ego fale mais alto em relação aos objetivos da equipe e a ausência de feedback são os principais motivos de conflito. “O feedback é a forma mais primitiva de respeito com o colaborador. O profissional está todos os dias executando suas atividades e o líder sem a capacidade de trazer uma resposta, seja positiva ou de melhoria, perde muitos pontos com os subordinados”, explica Alexandre Prates, especialista em liderança e desenvolvimento humano.

O líder não precisa ser o melhor em todas as atividades de seu grupo. Este profissional tem a função de agregar, estimular e desenvolver os melhores talentos. O que se espera de um líder é permitir que as pessoas dêem suas opiniões, troquem ideias e que desenvolvam suas competências e valores de forma agradável em prol do objetivo da organização. “O líder que gosta e que está envolvido com os subordinados, fatalmente terá sucesso nas relações interpessoais. Já um líder muito técnico, que tem muito conhecimento, mas que não possui esta habilidade de gerir pessoas, deve procurar aprimoramento em cursos como os de neurolinguístic, coaching e muita informação comportamental”, indica Prates.

A comunicação bem desenvolvida pode abrir grandes portas para o líder e facilitar no relacionamento com seu grupo. Porém, pode ser uma arma, pois quando esta competência é mal trabalhada, as relações podem influenciar negativamente no principal objetivo da equipe que são as metas e resultados.

Presume-se que a pessoa com a função de desempenhar o papel de líder deve estar preparada para este posto. Na relação com seus subordinados, este profissional exige clareza e transparência, mas, muitas vezes, ele mesmo não atua com postura ética. “A cultura da empresa pode ditar o modo de agir e pensar, pois, se desde o presidente da empresa a relação com subordinados é desrespeitosa ou sem transparência, os superiores em outros níveis hierárquicos agirão da mesma maneira, julgando ser a forma correta para o sucesso dentro da organização”, conta Marcos Moreno.

Colaborador

Quando ingressa na empresa, o profissional deve encarar aquela oportunidade como um meio de evolução para seus objetivos na carreira. O pensamento de perdurar durante toda a vida em uma única companhia está acabando – hoje, o alinhamento entre os interesses da empresa nos serviços do profissional e as intenções desta pessoa no período em que atuará naquela corporação são fundamentais para uma relação positiva. “O importante é que exista um ambiente, ao longo do tempo, onde as informações passadas para o grupo sejam verdadeiras e, com isso, os objetivos sejam claros”, afirma Moreno.

O colaborador deve ter a consciência que, independentemente do líder, existe algo maior: a empresa. Nos dias de hoje, profissionais e corporações buscam uma ligação entre cultura e valores. A falta de transparência nestas diretrizes faz com que o líder se torne a referência, espelho destes princípios. É fundamental que o funcionário entenda e assimile a cultura organizacional, pois, a partir deste momento, terá a noção de que sua permanência na empresa não depende apenas da relação construída com seu gestor. “Ao invés de pensar ‘não me dou bem com o meu líder’, o interessante é avaliar o que pode fazer para que esta relação melhore”, finaliza Alexandre Prates.


Fonte: Motivação: a influência dos líderes – Cultura & Clima - Jornal Carreira e Sucesso

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Regras de Liderança

Por Tom Peters

1 - Líderes visionários são importantes.
Mas grandes administradores são
fundamentais. A liderança tornou-se tão caaalma nos anos 90! Gire a manivela e produza uma
visão. Administração? Isso era coisa para os fracos, os molengas e os que estão no fim da
linha. Bem, visão é uma coisa muito elegante, mas a excelência mantida por uma companhia
vem de um grupo de administradores capazes. Os grandes administradores são o cimento de
uma organização. Eles criam e mantêm unidas as pessoas que detêm o poder nas companhias
de alto desempenho. Não se deixe influenciar pelo velho mantra que diz que 'os
administradores são chatos e os líderes são calmos'. Em vez disso, siga o Princípio de Peters:
'Os líderes são calmos. Os administradores também.'

2 - Sim, há épocas em que o culto da personalidade funciona!
O.k., aqui vai o
caminho paradoxal e ziguezagueante da liderança em tempos aloprados. É verdade que há
épocas de verdadeiro perigo corporativo em que ninguém consegue fazer o que é necessário -
a não ser um líder visionário de estatura maior do que a vida. Na minha opinião, o primeiro líder
de negócios que foi capaz de estabelecer um culto da personalidade mais ou menos desse teor
foi Lee Iacocca. Quando ele assumiu a Chrysler, em 1978, a companhia estava no leito de
morte. A Chrysler voltou-se para ele assim como um país volta-se para líderes carismáticos em
tempos de guerra. Há épocas em que necessitamos de um líder que ofereça uma visão
grandiosa, popular - alguém que simbolize um novo enfoque para os negócios.

3 - A liderança é confusa como o diabo.
Mantra número 1 da liderança: tudo depende.
Há vários anos Victor Vroom, professor de organização e administração em Yale, desenvolveu
um modelo que mais tarde foi adaptado e popularizado por Ken Blanchard. O que eles diziam:
que nós temos de pensar sobre liderança situacional - a pessoa certa, o estilo certo, para a
situação certa. Vi isso quando trabalhei na consultoria McKinsey. A firma descarrilara, e os
sócios elegeram Alonzo McDonald como sócio-administrador. Não fizeram isso por gostar dele
(ele não era da espécie dos que atraem afagos), mas sim porque era o cara certo para
consertar tudo o que estava quebrado. McDonald encorajou os que tinham um desempenho
fraco, apertou os sistemas de controle e colocou a empresa de volta no patamar lucrativo.
Depois disso, os sócios o chutaram para a Casa Branca, onde ele se tornou diretor. Um lema:
'A situação é que manda'. Um líder para todas as épocas? Você está sonhando!

4 - No que se refere a talento, a liderança não é coisa de rendimento-médio.
'Não
existe um eu em um time.' Que bobagem! Será que alguém realmente pensa que o técnico Phil
Jackson ganhou seis campeonatos com os Chicago Bulls nivelando o talento de Michael
Jordan com o do resto do time? Sim, o trabalho de equipe é importante. Não - o trabalho de
equipe não significa baixar o nível de alguém extremamente talentoso para o menor
denominador comum. Linha final: os times espetaculares invariavelmente são Produto escasso
Senhoras e senhores, 'coloquem o cinto de segurança'. Por favor, voltem imediatamente para
os seus lugares! Certifiquem-se de que suas mesinhas estão travadas. Coloquem o assento na
posição vertical. Agora, controlem-se: estamos entrando em tempos turbulentos! Os últimos
anos foram definitivamente loucos. Para os próximos cinco, teremos de passar de loucos a
completamente loucos. Nossa vida constituídos por indivíduos talentosos que lutam uns contra
os outros. Com o auxílio de um líder talentoso, porém, eles conseguem cultivar o ego e ganhar
os campeonatos como uma equipe. Ao mesmo tempo.

5 - Líderes amam a confusão.
Um líder que mereça ser lembrado? O fabuloso professor
do seu filho - aquele que vê cada uma das almas que lhe foram confiadas como peças únicas.
O professor que você deve evitar custe o que custar? Aquele que faz todos os garotos ficarem
sentadinhos nas carteiras, incapacitados de se expressar. Não há confusão - e nenhuma
criatividade, nenhuma energia. Você quer uma liderança? Vá procurar um incrível professor e
veja o jogo que ele faz com a classe.


6 - O líder raramente é - ou nunca é? -
o que apresenta o melhor desempenho. Uma vez
li que as três maiores transições psicológicas que um ser humano adulto enfrenta são o
casamento, o nascimento do primeiro filho e o primeiro cargo como chefe. Em cada uma
dessas situações as pessoas aprendem a viver e a ter sucesso. É por isso que não há decisão
mais importante para uma companhia do que a de selecionar os seus administradores de
primeiro escalão. O melhor líder de um time raramente é o melhor jogador. É apenas o que
acabamos de dizer: o melhor líder. Os líderes divertem-se orquestrando o trabalho de outros -
e não o executando eles próprios.

7 - Líderes entregam em domicílio.
Se você quer ser um verdadeiro líder, precisa imitar o
entregador de pizzas: é melhor entregar em domicílio! Nos últimos cinco anos, as idéias e o
comportamento controlado contaram. E o que conta, agora? Desempenho. Resultados.

8 - Líderes criam o seu próprio destino.
Acredite: durante os próximos cinco anos não
haverá lugar para burocratas. Somente as pessoas que tomam a determinação pessoal de
liderar sobreviverão - e isso é verdade para todos os níveis de todas as organizações. De uma
maneira surpreendente vimos isso acontecer onde menos se esperava: entre os militares. A
experiência que a Marinha ou o Exército podem passar a alguém é que os líderes são
necessários em todos os níveis. É isso o que acontece também hoje nas guerras das
corporações. A verdadeira batalha começa quando o computador é posto fora de combate, o
capitão é morto, o tenente é gravemente ferido, o sargento hesita, e, de repente, aquele
agricultor de 18 anos encontra-se no comando de um pelotão, conduzindo-o para o combate. E
a vida e a morte da companhia, do time, ou do projeto dependem do equilíbrio das coisas. Isso
é liderança em todos os níveis, ensinada muito melhor no trabalho, no dia-a-dia, do que numa
faculdade de administração.

9 - Líderes vencem usando logística.
Visão - claro. Estratégia - sim. Mas quando você
vai para a guerra deve ganhar usando logística superior. Depois que a Guerra do Golfo
acabou, a mídia focalizou a estratégia que foi usada por Colin Powell e executada por Norman
Schwarzkopf. Na minha opinião, o cara que ganhou a Guerra do Golfo foi Gus Pagonis, o gênio
que cuidou de toda a parte logística. Não importa o quanto a sua visão e a sua estratégia
sejam brilhantes se você não puder ter os soldados, as armas, os veículos, a gasolina, a
comida - as botas, pelo amor de Deus! - para dar às pessoas certas, no lugar certo, na hora
certa.

10 - Líderes entendem o poder supremo dos relacionamentos.
A guerra - ou seja, ter
os negócios em pé de guerra - é fundamentalmente um assunto feminino! Quando tudo está
preparado, o que importa são os relacionamentos que os líderes criaram com seus seguidores.
O lema favorito do general americano Douglas MacArthur era: 'Nunca dê uma ordem que não
possa ser obedecida'. As mulheres sabem disso e investem em relacionamentos - esse é um
dos motivos pelos quais a primazia do talento de liderança disponível no mundo de hoje está
com as mulheres!

11 - Líderes fazem tudo ao mesmo tempo.
Qual é o item mais restrito hoje, amanhã e
depois de amanhã? O tempo. O futuro pertence ao líder que consegue fazer uma dúzia de
coisas simultaneamente. E quem é ele? Quero dizer, ela? Quem consegue administrar mais
coisas ao mesmo tempo? Quem se ocupa dos detalhes? Quem encontra novas pessoas?
Quem faz mais perguntas? Quem ouve melhor? Quem encoraja a harmonia? Quem trabalha
com uma lista imensa de coisas para fazer? Quem é melhor em se manter ligada nas outras
pessoas? Bem, isso é uma pessoa de mil ofícios! Vamos chamar as mulheres de líderes!

12 - Líderes se comprazem com a ambigüidade.
Os próximos cinco anos serão uma
viagem na montanha russa da economia. O que significa que os líderes serão desafiados não
apenas a tomar decisões baseadas em fatos. Terão também de entender o sentido dos sinais
conflitantes e difíceis de detectar que chegam através do nevoeiro e do barulho. Líderes
conseguem manipular quantidades imensas de ambigüidade.